A PARTILHA DE UMA EXPERIÊNCIA QUE PREPARA PARA VIVER DE FORMA ECOLÓGICA

 

Como já deves ter percebido, este Blog segue uma estrutura de publicações e abrimos hoje esta nova rubrica “YOGUI LIFE”.

Esta rubrica, que sairá na última semana de cada mês, é em género de crónica pelo que se baseará em aspectos do meu percurso e experiência pessoal, ainda que nem sempre respeitando a sua cronologia, e numa linguagem simples e directa. Por se basear na minha pessoa encontrarão referência constante a textos e conceitos do Yoga e Ayurveda que estão profundamente integrados na minha Vida e dos quais não consigo dissociar a minha existência. A única diferença é que os acontecimentos mais recentes, de 20 anos para cá, são conscientes do corpo de conhecimento Ayurveda e Yogui enquanto que anteriormente eram apenas “loucuras” pessoais.

Assim, como tudo o que está presente na Natureza, também eu sou formada por cinco elementos essenciais que se manifestam em mim (como em ti e tudo o que existe na Natureza) de forma única e exclusiva desenhando forma, traço de personalidade e metabolismo. A esta combinação única o Ayurveda define de PRAKRITI e de forma muito rudimentar ela é traduzida como dosha de origem (o que não é bem assim mas cujo esclarecimento ficará para outra rubrica).

A motivação para escrever esta crónica é fruto dos elementos manifestados em mim: AKASH (espaço) e VAYU (ar) que me fazem fantasiar sobre tudo o que me acontece e ter grande vontade de partilhar; sobretudo porque o meu AGNI (fogo) faz-me acreditar que se me aconteceu a mim seguramente que é algo lógico e claro que acontecerá também a vocês (?!) e por isso será de vosso interesse a partilha (ou não); por outro lado, o elemento JALA (água) oferece-me uma excelente memória pelo que este caminho promete ser longo e o elemento PRTHIVI (terra) dá-me a estrutura e resistência para seguir partilhando por bom tempo.

Apresentações feitas hoje inicio então um pouco sobre a minha história.

Ter uma Vida Consciente começou, para mim, bem antes do Yoga fruto de um grande questionamento que sempre me fez parecer chalupa em frente ao espelho, estranha aos meus semelhantes (que como crianças e adolescentes logo trataram de me gozar) e altamente impertinente perante os mais velhos. Não passou muito tempo até me tornar consciente de que não estava bem com a minha Vida nem a minha Vida estava bem para quem me rodeava (bom, este segundo momento só aconteceu quando fui para a faculdade e comecei a ter Vida própria, seja lá o que isso for). Parecia que o que quer que fizesse, fazia errado: relacionamentos errados, escolhas erradas, palavras ditas de forma errada, palavras ouvidas distorcidas da intenção original, enfim, a minha pegada ecológica era gigante mesmo que fosse acérrima fã da reciclagem, vegetariana, activista na Greenpeace e devorasse todas as revistas da National Geographic.

Na verdade passei quase 20 anos a viver como se fosse um E.T no fundo de um poço e estava decidida a mudar. Foi aí que descobri a necessidade de uma Ecologia Pessoal, longe ainda de saber o que isso significava de forma clara e objectiva. Naquela altura tratava-se apenas de ter uma vida com o menor impacto negativo possível sobre o que me rodeava. Felizmente, neste percurso cheio de visitas a psiquiatras e psicólogos, apenas um se aventurou a me prescrever algo (o que no final de um blister resultou numa ida para o hospital terminando assim a minha relação com a medicação) existiu sempre uma motivação interna de muito silêncio e recolhimento (graças ao Kapha que existe em mim), muita vontade de conhecer e aprender (graças ao Pita em mim) e muita criatividade e sensibilidade (trazidas pelo meu Vata agravado) para “inventar” terapias desde “escrita criativa” (inúmeros diários com esquemas, desenhos, textos, grafismos), “yoga” (um conjunto de movimentos corporais que mesclavam dança, ginástica e acrobacia), “pranayama” (brincadeiras com a respiração e muita vontade de reter a respiração até desligar e redescobrir o ligar de novo).

Sou de facto obrigada a usar o “cliché” : “o Yoga existe na minha Vida desde sempre”. Contudo, curiosamente (para quem não me conhece) a palavra Yoga ouvida e sugerida por outros era para mim como mastigar algodão, uma exemplo perfeito de arrepio e aversão. Principalmente na minha adolescência, momento da Vida em que claramente Pitta se posiciona com mais força e esse tipo de prática não era para mim forte e estruturada o suficiente para que valesse a pena sequer me aproximar das “seitas” e “freaks” que a representavam na minha cabeça estereotipada.

Felizmente, algo em mim falou mais alto e deixei-me ir na corrente de um movimento fluido porém rápido e intenso, como uma vaga de um tsunami que aparece do nada, acontece e sai deixando uma outra realidade que inicialmente parece apenas caótica e sem sentido.

Foram 10 anos tipo bola de uma máquina de pinball, atirada para uma catadupa de vivências que alimentavam uma trajectória de acontecimentos aparentemente sem lógica ou relação: viagens, acontecimentos e pessoas surgiram de forma instantânea até me conduzirem de forma bem suave ao corpo de conhecimento teórico e experiência do Yoga e Ayurveda Tradicional. Quando dei por mim já não havia forma de voltar atrás, eu era já outra pessoa e CONSCIENTEMENTE o Yoga e o Ayurveda estavam agora integrados em mim, como uma marca de nascença que só agora fora descoberta.

Como todos os  que vivem o Yoga e o Ayurveda, também eu não os sinto ou uso como meio, como uma profissão ou tão pouco como um conjunto de diplomas, livros ou blocos de notas que uso em tempos de dor. Yoga e Ayurveda são a minha Vida e por isso senti desde logo a necessidade de partilhar criando um espaço para acolher pessoas que sentissem os mesmos desafios que eu nas suas vidas e vontade de intervirem sobre ela. Naturalmente surgiu o BmQ, fruto de um monte de sincronias sem as quais nada seria possível.

Mais um cliché: “o que tem de acontecer acontece quando tem de acontecer”.

Naturalmente, em menos de 5 anos o BMQ cresceu e acolheu, graças ao apoio dos meus Professores e Equipa de Anjos, pessoas tão ilustres como: Dr. Rugue, Dr. Avinash Lele e Dra Bharati (fundadores do Internacional College of Ayurveda), Dr. Subnash Ranad (actual presidente do ICA), Dr. Mandar, Dr. Gunvant Yeola, Gunesvara Das, Pedro Kupfer, Tomaz Zorzo, Anand Zorzo, Dany Sá, Miguel Homem, Lu Andrade… sei lá, tantos e tantos.

Mas (momento para mais um ou dois clichés) “tudo tem o seu tempo”, ou como prefiro “tudo muda a todo o instante”, e momento actual que vivemos trouxe a necessidade de nos reinventarmos. Não curiosamente ou fruto do acaso, como muitos lhe gostam de chamar, o momento veio apenas permitir tudo o que já se cozinhava nas mentes criativas que me acompanham fazendo deste momento um momento altamente criativo, produtivo e transformador.

É esta alegria e entrega ao principio criativo Universal que me fascina e me faz chamar a esta rubrica a YOGUI LIFE. Aquele que de facto caminha com Yoga e Ayurveda, não os usando como mero meio, caminho ou ferramenta, percebe com alegria a Vida como uma viagem constante, atravessando caminhos de terra batida e auto-estradas com a mesma tranquilidade e leveza pois é desta pluralidade que surge a unidade. Por outro lado, o Ayurveda mostra que durante esta viagem vivemos num constante processo de troca não havendo perdas nem caos, quanto muito uma ordem desconhecida.

Apresentar-vos as minhas descobertas nesta caminhada a que chamo VIDA, e que se faz caminhando, pretende ser uma partilha humilde e respeitosa. Algo que me faz sentir bem. O vosso feedback, “like”, comentário ou partilha do texto nas vossas redes sociais ou entre a vossa rede de amigos é uma oportunidade para perceber se a partilha é apenas um desejo do Ego (só me fazendo sentido a mim) ou de facto uma vontade cuja realização traz em si mesmo um preenchimento interior.

Finalizo esta crónica com uma grande aprendizagem desta caminhada, talvez a que me traz mais alegria e por isso Saúde e Paz:

“A melhor medida da Partilha é a Alegria da experiência que conduz à partilha.”

(autor desconhecido)

Fruto desta partilha surgiu o BmQ que diariamente se transforma, e também agora se está a transformar num método com diferentes programas, para diferentes pessoas, em diferentes momentos.

A nossa missão é ajudar e incentivar nos primeiros passos da caminhada ética de Viver, condição indispensável para que a Vida desperte para o seu potencial de plenitude e Paz numa transformação pessoal efectiva que se possa manter mesmo depois da sua conclusão. E isso, vai muito além da prática de asana semanal.

Como tornamos isso possível?

Em primeiro lugar temos consciência que este é um caminho de todos mas não para todos e isso deve ser claro e respeitado.

Numa sociedade marcada pelo consumismo, mediatismo e imediatismo não há tempo para parar e pensar, não há tempo para escolhas conscientes. E se tudo isto não fizer sentido? Não, mais vale não pensar e deixar-me ir, afinal o relógio não pára.

Até parar!

Apesar de comum, não é preciso atingir o próprio limite para mudar. Não é preciso enfrentar um momento de queda evidente, quando o corpo parece já não ter força para responder às necessidades do dia a dia, ou já não tem de facto, e a mente já não consegue lidar com o acordar, chegando aos extremos do desânimo. Podes mudar agora, podes mudar a qualquer momento. Esta mudança não se refere à pseudo-mudança de introduzir novos comportamentos, tirar um pedaço ou órgão, tomar uns comprimidos, fazer umas aulas de yoga e meditação mas sim uma mudança efectiva de paradigma com total entrega e profunda consciência do tempo e investimento que a caminhada requer.

Trata-se de mudar de Vida meus caros.

O BmQ serve para todos os que verdadeiramente queiram e tenham disponibilidade para reassumir a responsabilidade pela sua própria saúde e interesse pela sua própria vida. Claro que existem muitas mudanças de direcção no caminho, paragens, inversões de marcha. O argumento comum da não continuidade de um programa cuja eficácia ele mesmo comprova é a falta de capacidade de concentração em Si – “A vida simplesmente aconteceu e quando dei por mim já estava muito longe do caminho que tinha escolhido. Perdi-me. Perdi o foco”, este é o testemunho comum de alguns pacientes e alunos.

Sim, de facto a vida acontece e com ela muitas coisas que não controlamos. De facto existirá algo que controlamos? Não sei. O que sei é que da observação atenta aos detalhes do dia a dia pequenas mudanças surgem que rapidamente resultam em grandes transformações. Sei também que é fundamental termos alguém que nos motive e inspire a seguir mesmo nos momentos mais desafiantes, é fundamental pertencer a uma egrégora, há quem lhe chame tribo ou simplesmente familia. Nós chamamos BmQ.

O propósito dos programas BmQ (BacktoLife, Belly Love, Ecologia Pessoal, Ayurkitchen, Challenges) é de te proporcionar ferramentas adequados à tecnologia interna inata que tens e te permite uma existência orgânica/ecológica e funcional logo uma profunda paz interior, firmeza e auto-controlo.

Porém, aceder a esta tecnologia, que nos é inata, após tantos anos de “bugs”, “updates” e “bias” é tarefa  bem mais exigente que fazer um doutoramento ou obter qualquer grau académico uma vez que a mente se tornou indisciplinada e caprichosa. Trata-se de um processo de RE-EDUCAR a própria mente, aquilo que acreditamos ser e do qual acreditamos depender, e isso é algo que não se consegue apenas estudando conceitos filosóficos em livros e palestras ou praticando yoga e meditação 7h por semana.

Este trabalho não é uma prática superficial nem em autonomia, é um trabalho que envolve um mergulho profundo nas dimensões internas da mente e da consciência. Para podermos dar este mergulho, precisamos de três coisas: (i) método certo, (ii) instruções certas e (iii) compreensão certa. É aqui que entra o BmQ.

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info@bmqbylaralima.com (assunto: programa BACK2LIFE)

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